"..butterfly fly awaybutterfly fly away,got you're wingsnow you can staytake those dreamsand you can make them all come truebutterfly fly awaybutterfly fly away.."
O tempo passa, e essa sensação é encarcerada no lado mais remoto da alma. A normalidade volta, e pensamentos confusos desaparecem. Aos poucos os comentários começam: todos parecem notar uma mudança visível – seja física ou de personalidade. Mais uma vez essas mudanças não são sentidas, mas todos dizem que estão lá.
Um dia você toma coragem e resolve enfrentar, não os outros, mas sua própria consciência. ”Quem eu sou afinal?” Por dentro nada parece ter mudado, você ainda sente a fraqueza e o medo, o sentimento ainda é ruim.
Entre desespero e a raiva de não compreender, finalmente, você entende. O tempo passou e você amadureceu, hoje já sabe como lidar com suas emoções. Nada mudou, apenas aprendeu a guardar o que tem que ser guardado.
Todos os dias existem pessoas dizendo ‘não acredito que ele foi capaz’, mas com certeza ele sempre fora capaz, apenas aprendeu – com o tempo – a disfarçar o que não deve ser mostrado. Se for bom ou ruim, já não importa, essa é a tal maturidade estúpida e requerida.
Um dia, e sempre acontece, a realidade explode diante dos olhos. Ninguém foge de si mesmo eternamente. Também há uma chance que nesse percurso cada um se encontre, que tenha tempo de transformar um erro em um acerto. A chance de errar e de acertar é a mesma, a diferença é tentar ou não.
Hoje você não se reconhece, não vê o que os outros parecem ver, mas talvez – pense em apenas um talvez – esse seja o caminho para viver.
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