domingo, maio 02, 2010

- confusões;

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...

Já quis dizer alguma coisa, mas não encontrou palavras? Ou talvez, no fundo, você soubesse exatamente o que queria dizer, mas o medo das conseqüências te impede de dizê-las? Uma verdadeira cela dentro de si mesmo. Uma sensação semelhante ao choro, algo entalado na garganta, incapaz de sair, com receio de sair.

Olho para os lados, bato na mesa, observo a televisão, leio as noticias, mas nada adianta. É como aqueles momentos de ‘dor de consciência’, que ela te persegue por onde for, a hora que for, até você faça a coisa certa. Mas o que é certo? Certo não é você, dentro das suas possibilidades, tentar fazer as pessoas que você ama, felizes? É claro, você tem que pensar na sua felicidade, mas francamente, o que pode lhe fazer mais feliz do que ver quem você ama feliz? Que diferença faz as dores, o obstáculo que você vai passar, se no final vai receber um sorriso lindo que te acalma todo o espírito?

Não, não importa as lágrimas que tenho que derramar, das vezes que vou ter que controlar a língua ou das coisas que posso vir a perder, se no final de tudo, é aquele sorriso que vou receber. E ai, ai daqueles momentos em que momentaneamente eu esquecer que o melhor era ter ficado calada, que eu esqueça a escolha feita anteriormente. Vale à pena, é o que eu tento pensar todos os dias, sem nunca duvidar, porque eu sei que vale a pena.

O problema é quando algumas coisas, que você escolheu simplesmente ignorar, começam a fazer alguma diferença. Simplesmente vai voltar atrás, do acordo que firmou consigo mesmo, apenas por detalhes? Por outro lado, como se convencer que aquilo não faz diferença, quando você sabe que faz? Acho que é assim que o que era certo, começa a desabar. Não pela relação com outra pessoa, mas pela sua relação interna. As duvidas de como agir, de saber até onde você tem o direito de lamentar.

É justo eu pedir para alguém mudar, quando, talvez, eu não mudaria? E mesmo que eu mudasse, que direito eu tenho de querer que as pessoas tenham a mesma atitude que eu? Insuportável você querer pensar, ‘se entender’, e perceber que uma série de coisas ruins te acomete: você começa a pensar em tudo que fez pela pessoa e que ela lhe deve isso. Ridículo, você só faz o que quer fazer, não o que querem. E mesmo quando você supera essa fazer estúpida, ainda se vê sem uma direção: calar-se, arriscando uma gota virar uma tempestade ou, pior, falar e ver a tempestade.

O amor não é fácil, e não importa qual tipo isso se refira. Aquela teoria que quando as pessoas se amam elas têm liberdade para serem totalmente sincera, é, simplesmente, teoria. Quer um medo mais inteiro do que o de perder? Não para alguém, mas perder ‘para si mesmo’. E se no fundo você sabe que o problema está com você? Um circulo sem fim.

Uma coisa simples, uma conversa que provavelmente acabaria em nada – porque é o que sempre acontece - , mas pelo simples fato da incapacidade de falar, tudo se transforma em um abismo de tristeza. Exagero? Um pouco. O fato é que a garganta, ainda travada, e incapaz de emitir algum som ou de ter coragem de fazê-lo. O coração disparado, cada vez que pensa na ‘sinceridade’, também se lembra daquele sorriso que o faz disparar.

No fim permanece a indecisão.

- clarice lispector;

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

 
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